Zona Norte

'Parecia cena de filme', diz funcionário da Ceasa sobre incêndio

Fogo atingiu pelo menos cinco lojas nesta segunda (31)

Lojas ficaram completamente destruídas
Lojas ficaram completamente destruídas |  Foto: Lucas Alvarenga
 

As chamas que atingiram a Central de Abastecimento do Estado do Rio de Janeiro (Ceasa-RJ), no bairro Irajá, na Zona Norte do Rio, assustaram trabalhadores que estavam no local no momento do incidente que destruiu pelo menos cinco lojas do estabelecimento na manhã desta segunda (31). 

Quem viu o início do incêndio conta que foi um milagre a tragédia não ter sido maior. Joel Camargo Júnior, de 25 anos, trabalha como carregador na central. Ele relatou o episódio de desespero. 

"Eu estava sentado quando, do nada, vi uma fumaça subindo, até então não sabia o que era, e quando cheguei no local me deparei com o fogo. O fogo iniciou na loja de descartáveis, seguiu para a loteria e propagou para a loja de bebidas, foi aí que o incêndio foi maior. Foi desesperador, parecia que era cena de filme, eu nunca vi um fogo assim", contou. 

Militares dos bombeiros atuam há mais de 24h para evitar novos focos de incêndio na Ceasa. Ainda há muita fumaça no local e não houve feridos. 

O incêndio aconteceu no pavilhão 73, onde parte foi interditada. Em meio ao cenário de destruição, na manhã desta terça-feira (1°), uma retroescavadeira removia os destroços da loteria, loja de descartáveis e lojas de bebidas, que foram consumidas pelas chamas. Muitos cacos de vidro ficaram espalhados pelo chão.

Militares seguem no local desde a manhã desta segunda (31)
Militares seguem no local desde a manhã desta segunda (31) |  Foto: Lucas Alvarenga
O fogo iniciou na loja de descartáveis, seguiu para a loteria e propagou para a loja de bebidas, foi aí que o incêndio foi maior. Foi desesperador, parecia que era cena de filme Joel Camargo Júnior, funcionário do local
  

Ainda não se sabe o que causou o incêndio. Um dos proprietários estava no local, mas não quis falar com a imprensa. Segundo o Alberto Fernandes Filho, assessor da presidência do Ceasa, vistoria dos bombeiros está em dia e que acredita que as lojas tenham seguro.

"As vistorias estão reguladas, todas foram exercidas no seu tempo. Acredito que as lojas têm seguro. Hoje mais cedo fizemos uma reunião para saber o que precisa ser adotado e inspecionado", disse.

Apesar  do incêndio, outros estabelecimentos estão funcionando normalmente, inclusive no mesmo pavilhão, onde as lojas ficaram destruídas. De acordo com Alberto, não há risco de desabastecimento.

De acordo com os bombeiros, o calor das chamas comprometeu a estrutura. A vistoria da Defesa Civil só poderá ser feita após o trabalho do Corpo de Bombeiros, que não tem prazo. 

Uma perícia da Defesa Civil será feita após o trabalho dos bombeiros
Uma perícia da Defesa Civil será feita após o trabalho dos bombeiros |  Foto: Lucas Alvarenga
 

Destruição

 

O incêndio aconteceu por volta das 9 horas desta segunda-feira (31). Bombeiros de 17 quartéis foram acionados. Ao todo, 90 militares foram escalados para atuar no local e mais de 400 mil litros de água já foram usados. Drones e um helicóptero apoiaram a operação fazendo o monitoramento aéreo.

Segundo o porta-voz do Corpo de Bombeiros, major Fábio Contreiras, não houve relato de vítimas. As chamas foram controladas por volta das 16 horas.

De acordo com a assessoria do Ceasa, a unidade é considerada a segunda maior Central de Abastecimento da América Latina, atrás apenas da Ceasa de São Paulo. 

A unidade também é responsável por cerca de 80% dos produtos hortifrutigranjeiros consumidos no Rio. 

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